Estive pensando bem recentemente sobre essa tendência que nós, seres humanos, temos de julgar os outros. Parece que existe um certo prazer em descobrir falhas alheias, só pelo prazer de mostrar que e o outro é pior do que nós. Daí cheguei a seguinte conclusão: todas as vezes que eu julgo o outro me autovalorizo. Digo a mim mesmo que sou melhor, que sou o bom.
Mas será que tenho eu o direito de julgar quem quer que seja? Claro que não! Podemos até fazer uma avaliação do comportamento do outro em relação aos nossos conceitos de certo ou errado e julgar o efeito que tal comportamento teve sobre nossas vidas. Nesse caso, julgo o comportamento, e não a pessoa que o praticou, em outras palavras, ataco o problema e não a pessoa.
Mas julgá-la, baseado em nosso critério de valor, em nossa própria visão de mundo, em nossas experiências, é esquecer o que bem nos ensina o Livro Sagrado: "àquele que está em pé, cuidado para que não caia"; ou ainda: "àquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra", e para ser mais mordaz o que bem escreveu Rubem Alves: "Bandido, não julga bandido".
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